Bem vindos a Paraty

Vamos aproveitar esta oportunidade para simular uma visita a Paraty. Aqui estão algumas praias e ilhas de nossa baía por onde fazemos ótimos passeios. Veja as maravilhas que temos para desfrutar aqui, sem contar nas dezenas de cachoeiras e o Centro Histórico com casarões antigos e suas ruas cobertas de pedras desde a época dos escravos.
Agora não perca mais tempo e faça uma reserva em Paraty, temos as melhores opções de hospedagens para você.


Nascer do Sol

Nascer do Sol

Lagoa azul

Lagoa azul
Lagoa azul

Ilha do Mantimento

Ilha do Mantimento
Ilha do Mantimento


Cumprida Norte

Cumprida Norte
Cumprida Norte

Ilha Cumprida



RPM

RPM

Ilha da Pescaria

Ilha da Pescaria
Ilha da Pescaria

Salvador Moreira (área de nudismo)

Praia da Lula

Praia da Lula
Praia da Lula

Cachoeira do Tobogã

Cachoeira do Tobogã
Cachoeira do Tobogã

Cachoeira da Pedra Branca

Cachoeira da Pedra Branca
Cachoeira da Pedra Branca

Passeios Noturnos

Passeios Noturnos
Passeios Noturnos

Ilha da Cotia

Ilha da Cotia
Ilha da Cotia

Praia do Rosa

Praia do Rosa
Praia do Rosa

Ilha da Sapeca

Ilha da Sapeca
Ilha da Sapeca

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Carnaval

Paraty -  Festas e Tradições
“primitivamente designativo da terça-feira gorda, tempo a partir do qual a igreja católica suprime o uso da carne, conforme Antenor Nascentes surgiu com a propagação do cristianismo e por força do seu calendário litúrgico”.
A História do Carnaval
Foto: Tuca Cunha
A posição da igreja católica apostólica romana em relação ao Carnaval foi, inicialmente, de uma ambigüidade mais que comprovada. O Papa Paulo II, no século XV, permitiu que, na Via Látea, bem próxima ao seu palácio, se realizasse o carnaval romano, com suas corridas de cavalos e corcundas, com seus carros alegóricos e lançamentos de ovos, com o local fisicamente iluminado por velas, introduzindo, como contribuição de sua inventiva, o baile de máscaras, que fez tanto sucesso como continua fazendo agora.O Papa Inocêncio III, constatando excessos e abusos, proibiu o uso de máscara pelos padres, e o festejo do carnaval dentro da igreja. As máscaras e os disfarces são, ainda hoje, "os elementos que mais identificam as festas carnavalescas.
As primeiras evocam, por vezes, algo de caráter mágico ritual, condicionado pela natureza e gênero das máscaras, na época antiga ou na Idade Média. Como outrora na Europa, especialmente na França, notam-se entre nós grupos de mascarados. Disfarces assim, porém, nem sempre foram bem vistos. "Em um bando publicado por Francisco de Castro Moraes, sobre o programa de festas para comemorar a Victoria de 19 de Setembro de 1710, proibia terminantemente que nenhuma pessoa pudesse andar mascarada de dia e de noite.
Os governantes tinham horror aos encaretados e disfarçados. As Ordenações nos livros 1° e 5° comutavam graves penas contra os que se mascarassem; multas pesadas, açoite, desterro, etc. eram aplacados contra os infratores. Em 1865 o governador do Rio de Janeiro, Duarte Coelho Chaves, publicou o seguinte bando que dá bem idéia dos rigores do tempo.
Dizia ele: Toda a pessoa, de qualquer qualidade e condição que seja, que se encontrar mascarado, incorrerá na pena de ir servir à Sua Majestade, que Deus guarde, na nova Colônia do Sacramento, do Rio da Prata, e sendo negro ou mulato, será açoitado publicamente ... (Documento do Arquivo Público). 0 Rio de Janeiro conhecia e apreciava as. vestimentas a caráter ... Esses disfarces, porém, creio, só eram permitidos em Certas indeterminadas condições e nunca nos três dias antecedentes à Quaresma. Trazido ao Brasil pelos portugueses, o carnaval foi inicialmente conhecido como entrudo.
“Não era com chuva de confeitos que as pessoas se saudavam nos dias de entrudo, mas com chuveiros de laranja e ovos cheios d’água o Carnaval, em Paraty, que foi muito animado desde os tempos do entrudo, guardou, até alguns anos atrás, muitos de seus curiosos usos, como o de se atirarem nos passantes folhas de taiá cheias de água ou mesmo de barro, e as batalhas de lama, à beira dos rios, nas zonas rurais.
Os blocos, que se sucederam ao Zé Pereira surgido no Rio de Janeiro em 1846, encontraram grande aceitação no município. Em muitas oportunidades, porém, se deixaram envolver pelo ardor político local, dividindo-se o carnaval, e com ele os blocos, por muitos anos, entre dois clubes de política oposta.
O Carnaval em Paraty
A exemplo do carnaval de Veneza, na Itália, e do carnaval de Olinda, em Pernambuco, o carnaval paratiense é brincado nas ruas pelos blocos de mascarados e bonecos gigantes que representam personagens especiais da cidade, alguns cuja origem até já se perdeu no tempo.
Um deles, por exemplo, é o Voronoff, que é um um boneco representando um homem com uma enorme cabeça, que segundo a crença popular, é a caricatura de um médico russo que passou pela cidade no século passado e que fazia transplante de órgãos em animais vivos, uma espécie de médico e monstro.
Outro personagem típico é a Miota ou Minhota que, vindo originalmente do Minho, em Portugal, é representada por uma mulher com um enorme pescoço que, segundo a lenda, servia para bisbilhotar a vida alheia por cima dos muros.
Interessante também é a história do Peneirinha, boneco feito por uma pessoa com uma peneira coberta por um pano na cabeça e um paletó abotoado nas costas. Este personagem, por esconder não só a cabeça mas também a forma do corpo, era o preferido dos homens casados e das autoridades que pretendiam brincar o carnaval sem serem reconhecidos.
Além destas figuras bonitas e engraçadas, havia também os blocos de mascarados e de fantasia, crianças e adultos, que saiam para "assustar" o povo com suas figuras de caveiras e caras deformadas feitas em papel machê e com belíssimos desenhos multicoloridos.


Bloco da Lama
Paraty -  Festas e Tradições
Em Paraty, a mais histórica das cidades do estado do Rio de Janeiro, um bloco formado por seres, quase pré históricos, sai pelas ruas de pedra e abre o carnaval, garantindo quatro dias de folia e muita alegria.

O Bloco da Lama surgiu quando alguns amigos brincavam de lama no mangue da praia da Jabaquara em Paraty. Quando olharam um para o outro perceberam que estavam irreconhecíveis, saíram pelas ruas do Centro Histórico.
No ano seguinte um grupo maior se reuniu e saiu em bloco no primeiro dia do carnaval, representando uma tribo pré-histórica.
Objetivo era espantar os maus fluídos para que o carnaval acontecesse em alto astral.
Por pura diversão ou por buscar os efeitos medicinais da lama da Jabaquara rica em iodo e enxofre - ano a ano, cada vez mais o Bloco da Lama ganha um maior número de adeptos e é mais uma das tradições do carnaval de Paraty.
Em 1995 o Bloco chegou a ter mais de 2.000 integrantes. Por ter crescido tanto , os organizadores têm feito uma campanha junto aos participantes, através da mídia local e de folhetos informativos, sobre a importância de não sujar as paredes, carros e pessoas que estejam passando pelas ruas, honrando assim o nome do bloco e ajudando a preservar essa tradição.
O traje adequado é sunga ou biquini. Da Praça da Matriz todos seguem para a Praia da Jabaquara, onde acontece o tradicional "banho de lama". É nessa hora que os mais caprichosos procuram nos adereços naturais - como barba de velho (uma parasita muito comum na região), cipós e ossos - a complementação da sua fantasia.
Para fazer parte do bloco é só seguir o andor de bambu que carrega uma caveira de boi, e soltar seus instintos mais primitivos. O grito de guerra dos intrépidos participantes é : UGA UGA RÁ RÁ.
Durante o percurso que passa pelo Centro Histórico da cidade, o bloco faz algumas evoluções. Nestas paradas acontecem verdadeiras representações teatrais, que misturam o amadorismo do coletivo e o talento intuitivo de alguns participantes. Quando não houver um só espírito negativo rondando a cidade o bloco se despede com a última evolução em frente à Capelinha das Dores e o banho dos integrantes no Rio Perequeaçú.
Os fundadores do bloco, Congá e Niltinho, aproveitaram o sucesso e influência do bloco entre os jovens para lançar alguns apelos, como chamar atenção sobre a importância dos manguezais, conscientizar os integrantes sobre o valor do respeito ao próximo e passar uma mensagem de paz, para que o carnaval seja sempre uma festa de alegria.
MÁSCARAS DE papel
Os tradicionais mascarados de Paraty saem às ruas logo que terminam os festejos de Natal, anunciando o próximo carnaval.
Geralmente, as máscaras representam figuras amedrontadoras cuja função é afugentar os maus espíritos e garantir, assim, que o carnaval transcorra na mais perfeita paz.

É no período que antecede o carnaval que se intensifica a produção caseira de máscaras.
Como é Feita
Em primeiro lugar, faz se uma fôrma de barro, que depois de seca é coberta com sabão. Sobre a forma vão sendo colocadas, então, tiras de papel lambuzadas com cola de farinha de trigo, em várias camadas.
Quando a máscara atinge cerca de 3mm de espessura, deixa se que ela seque para ser retirada da fôrma.

Em seguida, ela é pintada com guache e já está pronta para o uso. As fôrmas de barro são conservadas para outras máscaras que se deseje fazer.

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