Bem vindos a Paraty

Vamos aproveitar esta oportunidade para simular uma visita a Paraty. Aqui estão algumas praias e ilhas de nossa baía por onde fazemos ótimos passeios. Veja as maravilhas que temos para desfrutar aqui, sem contar nas dezenas de cachoeiras e o Centro Histórico com casarões antigos e suas ruas cobertas de pedras desde a época dos escravos.
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Nascer do Sol

Nascer do Sol

Lagoa azul

Lagoa azul
Lagoa azul

Ilha do Mantimento

Ilha do Mantimento
Ilha do Mantimento


Cumprida Norte

Cumprida Norte
Cumprida Norte

Ilha Cumprida



RPM

RPM

Ilha da Pescaria

Ilha da Pescaria
Ilha da Pescaria

Salvador Moreira (área de nudismo)

Praia da Lula

Praia da Lula
Praia da Lula

Cachoeira do Tobogã

Cachoeira do Tobogã
Cachoeira do Tobogã

Cachoeira da Pedra Branca

Cachoeira da Pedra Branca
Cachoeira da Pedra Branca

Passeios Noturnos

Passeios Noturnos
Passeios Noturnos

Ilha da Cotia

Ilha da Cotia
Ilha da Cotia

Praia do Rosa

Praia do Rosa
Praia do Rosa

Ilha da Sapeca

Ilha da Sapeca
Ilha da Sapeca

quarta-feira, 19 de maio de 2010

FESTA DO DIVINO EM PARATY

Paraty - Festa  do Divino
No mês de maio Paraty explode em comemorações. Na maior festa da cidade, o povo mostra sua fé e pede graças.
Nas procissões, nas barracas de comes e bebes, por toda parte, as pessoas levam adiante uma tradição que se transmite há muitas gerações.
No mês de maio Paraty explode em comemorações.
Na maior festa da cidade, o povo mostra sua fé e pede graças. Nas procissões, nas barracas de comes e bebes, por toda parte, as pessoas levam adiante uma tradição que se transmite há muitas gerações.

A festa do Divino Espírito Santo, realizada no dia de Pentecostes, homenageia a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, fonte de amor e sabedoria. Por isso a cor vermelha domina a comemoração, e uma pomba branca simboliza o Divino.

Na festa, que dura dez dias, acontecem celebrações religiosas (como ladainhas, procissões e missas), distribuição de comida, carne, vinho e doces aos presentes.
Para que a festa aconteça todos os anos, com seu lado religioso e profano é preciso muito trabalho e dedicação. Um festeiro conta com o apoio da comissão e do povo.
Quem é o senhor festeiro?
Para ser festeiro é preciso escrever uma carta ao padre, pedindo para assumir a festa no ano seguinte.Só se sabe o nome do festeiro do próximo ano no último dia da festa.O trabalho do festeiro do ano seguinte começa no domingo depois da festa. No final da missa ele “arreia” o mastro, e ao lado do povo o carrega pelas ruas da cidade, e depois o guarda na Igreja da Matriz.Após a missa da Ressurreição o mastro é erguido novamente, tendo o acompanhamento da Banda Santa Cecília, da Folia do Divino e de uma explosão de fogos de artifício.
Como acontece a festa
As comemorações do Divino Espírito Santo começam nove dias antes do Domingo de Pentecostes, na igreja da Matriz. A cada dia da semana da festa , a banda, a folia e o povo saem da casa do festeiro com a Bandeira Mestra. De lá seguem para casa de outro devoto (que representa um bairro ou uma classe). Dessa casa sai a Bandeira da Promessa - que tem muitos bilhetes e fotos com pedidos ao Divino - e ainda muitos fiéis com bandeiras vermelhas e brancas acompanham o cortejo até a Igreja da Matriz onde acontece a missa ou ladainha. Depois da celebração a procissão volta para casa de um outro devoto onde é deixada a Bandeira da Promessa e o grupo continua a acompanhar o festeiro e a Bandeira Mestra até a casa dele.

Durante a semana da festa, depois das celebrações religiosas todos os dias a cidade se transforma. Alguns eventos como gincana, apresentação de bandas musicais e show de calouros animam a pequena Paraty. O último fim de semana da festa reserva muitas surpresas. A primeira delas é a alvorada de foguetes , acompanhada pela Banda Santa Cecília, Folia do Divino e pela Fanfarra.
Ainda pela manhã a banda e a fanfarra saem pedindo esmolas e voltam para a casa do festeiro onde muita carne é distribuída ao povo.

Na ocasião todas as bandeiras da promessa são levadas para a casa do festeiro que é aberta ao povo. Sobre um altar em exposição sobre uma salva de prata, a coroa e o bastão do Imperador do Divino.

Ao meio dia, um dos momentos mais esperados da festa: a distribuição de comida e bebida ao povo. O cardápio quase sempre é arroz, farofa de feijão, macarrão, maionese, carne de boi e de frango.

O chope e o refrigerante também são distribuídos de graça. Filas de mais de 100 metros se formam. Pessoas de todos os lugares vêm provar a comida.

Na noite de sábado acontece a última ladainha e missa e logo depois, é coroado o Imperador do Divino: um garoto da comunidade vestido de roupas de época. O Imperador recebe um cetro e uma coroa de prata.

Da missa o Imperador, os vassalos e guardas de honra seguem para a frente da igreja, onde está montado um luxuoso palanque. Ali o Imperador recebe as homenagens, como apresentações de Ciranda, Marrra-Paiá, Dança das Fitas, dos Velhos e outras.

A banda Santa Cecília também toca enquanto um leilão arremata barquinhos, gaiolas de taquara, doces caseiros, peças de artesanato, bebidas e aves doadas como promessa. Também se apresentam o Boi, Cavalinho e a Miota, que depois saem pelas ruas brincando com a criançada. Um tocador de caixa acompanha as figuras.

Paraty -  Festas e Tradições
Paralelo a programação religiosa eventos festivos também são promovidos, como barraquinhas de comida e bebida e shows musicais e de calouros
Domingo da Festa
A alvorada musical desperta os paratienses para mais um dia de comemorações.
Bem cedo o povo se reúne na casa do festeiro, de onde sai o cortejo formado pelo Imperador, vassalos, guardas de honra, o festeiro e a Bandeira Mestra, e os paratynet devotos com suas Bandeiras da Promessa.

Depois de darem uma volta pela cidade eles seguem para a igreja da Matriz, onde é concelebrada uma missa (pelo bispo da diocese). Folhas de canela colocadas no chão perfumam o ambiente.

Depois da missa o Imperador acompanhado pelo grupo citado acima sai da igreja e assiste o “marra-paiá” vindo de Cunha e segue para a antiga cadeia, onde simbolicamente liberta um preso.

A tarde na casa do festeiro as crianças ganham doces e brincam de pau-de-sebo, leitão ensebado e gato no pote.
A última procissão acontece a tardinha e logo depois o festeiro velho passa a bandeira para o festeiro novo. A folia acompanha a passagem com versos e música:
É o sinhô festeiro velho, o sinhô tem bom coração
Passa pro festeiro novo, faz a entrega do fitão.
Eu já vi que o sinhô é um bom companheiro
Passa pro festeiro novo, faz a
entrega da bandeira
Ele é o meu amigo, jovem, vós é
imperador
Passa pro festeiro novo, faz a
entrega da coroa
Ele já entregou a coroa, nessa
mesma ocasião
Entrega pro festeiro novo, faz a
entrega do bastão
Toca o sino da igreja, nas
altura canta o galo
Passa pro festeiro novo, o
capacete do vassalo
O nosso festeiro velho, já
cumpriu sua missão
Ele já fez a sua festa, era de sua
obrigação
O nosso festeiro novo, ele tá de parabéns
Tá com o Divino na sua casa,
Até o ano que vem
E todos os dois são amigos, e
também são companheiros
E uma sarva de palma, que é pra
sarvá os dois festeiro
O último leilão de prendas acontece na praça. As homenagens ao Divino Espírito Santo que apareceu aos apóstolos de Cristo cinqüenta dias depois da Ressurreição, assumindo a forma de pomba, vem chegando ao fim. A festa é encerrada com o céu cheio de luz: fogos de artifício estouram, anunciando a esperança em repetir no ano seguinte essa divina tradição.
Senhor festeiro o meu boi morreu Vou dividir o boi com uns amigos meus
E a cabeça inteira?
É da senhora festeira?
E a carne do pescoço?
É do senhor seu moço
E o acém?
É do senhor Belém
E o mocotó da mão?
É do senhor seu João
E o filé mignon?
É do dom João
E o alcatra?
É da dona Mulata
E o patinho
E do Hiltinho
E a passarinha?
É da dona Filinha
E o bofe e a buchada?
É da criançada
E o fígado e o rim?
É do senhor Tuim
E o coração?
É do padre João
E a rabada?
É da rapaziada
E o couro inteiro?
É do senhor festeiro
E o chifre de quem é ?
É do amigo que quiser.
E essa glória de quem é?
É do João Pirrié.
Em toda a festa é certa a vinda dos dançadores do marrá-paiá de Cunha. O grupo forma uma confraria que cultua um santo que é paradigma de dedicação e trabalho: São Benedito.

A companhia é formada por cerca de trinta pessoas entre rei, rainha, mestre, contramestre, general, capitão general, inspetor e diretor. A dança simula uma luta, onde homens enfileirados um de frente para o outro, cruzam os bastões que se chocam.

Às vezes os colocam no chão formando desenhos sobre os quais dançam. Improvisam versos ao som de viola, pandeiro, sanfona e cavaquinho. Além deles, ouve-se o som dos paiás - espécie de guizo amarrado na canela dos participantes - daí o nome da dança (a)marrá paiá.

A dança dos velhos é dançada por jovens fantasiados como pessoas idosas. A banda toca dividindo a dança em três partes: marcha, allegro e fadinho.
Paraty -  Festas e Tradições
"De casa em casa o grupo parava e entoava versos de saudação"
O que é a Folia do Divino?

Antigamente o festeiro contratava a Folia do Divino - um grupo de cantadores que além de tocar durante os festejos percorria o município, pedindo dinheiro para fazer a festa. O trabalho começava no mês de agosto do ano anterior.

Os foliões seguiam por estradas estreitas, e de canoa pelo mar. Carregavam seus instrumentos, a alegria do canto e da música e buscavam oferendas para o Divino Espírito Santo. De casa em casa o grupo parava e entoava versos de saudação:
Deus lhe dê muito boa tarde
Aos devoto moradô
Que veio lhe visitá
este Divino sinhô.
A pombinha vem voando
No bico traz uma frô
Vem dizendo, viva, viva
Viva esse nobre sinhô
Quando a folia se deslocava a lugares de difícil acesso e pedia pouso, aí cantava:
Divino Espírito Santo
É um sinhô de salvação
ele pede uma agasaio
Pra ele e seus folião
Para pedir a esmola mais versos eram cantados
Este meu nobre sinhô
É nobre por geração
Queira dar uma esmolinha
Pra ganhar a salvação.
Meu pretinho do Rosário
Irmão de são Benedito
Dê uma esmola pro Divino
Que os da casa fica rico.
A maioria dos foliões viviam do canto por que o total arrecadado pelo grupo era dividido entre eles e os festeiros.

Era costume do povo ajudar e quem não tinha dinheiro doava leitão, galinha e até bezerroHá cerca de 8 anos a tradição da folia pedir esmola para festa meses antes, acabou. Hoje em dia a importante participação do grupo acontece durante todos os dias da festa.

Já a esmola só é pedida no sábado, último dia da novena, quando a banda e os foliões saem em bando precatório pelas ruas da cidade. Mas atualmente a maioria da verba para a Festa do Divino vem de leilões, bingos, rifas e festas organizadas pelo festeiro e sua comissão durante todo ano.

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