Bem vindos a Paraty

Vamos aproveitar esta oportunidade para simular uma visita a Paraty. Aqui estão algumas praias e ilhas de nossa baía por onde fazemos ótimos passeios. Veja as maravilhas que temos para desfrutar aqui, sem contar nas dezenas de cachoeiras e o Centro Histórico com casarões antigos e suas ruas cobertas de pedras desde a época dos escravos.
Agora não perca mais tempo e faça uma reserva em Paraty, temos as melhores opções de hospedagens para você.


Nascer do Sol

Nascer do Sol

Lagoa azul

Lagoa azul
Lagoa azul

Ilha do Mantimento

Ilha do Mantimento
Ilha do Mantimento


Cumprida Norte

Cumprida Norte
Cumprida Norte

Ilha Cumprida



RPM

RPM

Ilha da Pescaria

Ilha da Pescaria
Ilha da Pescaria

Salvador Moreira (área de nudismo)

Praia da Lula

Praia da Lula
Praia da Lula

Cachoeira do Tobogã

Cachoeira do Tobogã
Cachoeira do Tobogã

Cachoeira da Pedra Branca

Cachoeira da Pedra Branca
Cachoeira da Pedra Branca

Passeios Noturnos

Passeios Noturnos
Passeios Noturnos

Ilha da Cotia

Ilha da Cotia
Ilha da Cotia

Praia do Rosa

Praia do Rosa
Praia do Rosa

Ilha da Sapeca

Ilha da Sapeca
Ilha da Sapeca

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A PINGA PARATIENSE

Paraty é sinônimo de pinga, afinal a fama de boa qualidade da sua pinga já rodou o mundo e foi premiada por conta da Azuladinha, uma das mais famosas da terra que leva folha de tangerina, o que dá sabor especial ao líquido e o deixa com uma cor também especial.
A História da Pinga em Paraty
No século XVIII a cidade chegou a ter mais de 200 engenhos e casas de moenda. Ainda hoje cinco engenhos de famílias tradicionais de Paraty continuam fabricando a mesma pinga de duzentos anos atrás. A bebida feita na cidade ainda preserva todas as características artesanais. Dorna de carvalho, fogo à lenha e fogões de cobre continuam garantindo a qualidade e a delícia da pinga produzida na terra. Você está convidado a provar deste que é um dos maiores tesouros de Paraty.
Como a Cana de Açúcar Chegou ao Brasil.

As primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram ao Brasil em 1526, vindas da Ilha da Madeira e na Capitania de São Vicente, de Martim Afonso de Souza se instalaram os primeiros engenhos no Brasil: o Madre de Deus, de Pero Góes em 1533 e o dos Adornos, no ano seguinte. Porém, o mais importante engenho foi o chamado ”do Governador”, de propriedade do comerciante Erasmus Schetz, mais tarde conhecido como Engenho de São Jorge dos Erasmos, que data de 1541.

Sabendo-se que o povoamento da região de Paraty foi feito por vicentinos ainda nos meados do Século XVI, é de se acreditar que, nesta mesma época, tenha sido aqui plantadas mudas da cana-de-açúcar e o primeiro engenho.

No Brasil, além de produzir açúcar de cana, os engenhos passaram a fabricar uma bebida feita da borra do sumo da cana, considerada de qualidade inferior, e usada para os animais e para os escravos.

Recebeu esta bebida, conforme informam os cronistas da época, o nome de cachaça. Acreditam alguns pesquisadores que este nome seja uma derivação de ”cachaza”, que significa vinho de borra.

De qualidade inferior, como a bagaceira, produzido e bebido em Portugal e Espanha. E então, conhecida como ”agoa ardente”, ou seja, aguardente.

Diferença da Pinga e da Cachaça..

Mas, existe uma grande diferença entre a cachaça e a pinga. A primeira é destilada a partir da borra ou melaço da cana, ou seja, das sobras da fabricação do açúcar; a segunda, a pinga, é fabricada a partir da garapa, do caldo de cana fermentado e destilado, depois da fervura e evaporação, que ”pinga” na bica do alambique.

Em Paraty nunca se fabricou cachaça e sim pinga! Aqui, segundo Jose Matoso Maia Forte, no século XVIII existiam 100 alambiques de pinga e 7 de produção de açúcar.
É, exatamente neste século, que o nome da cidade - Paraty - se incorporou ao nome desta bebida. Era comum pedir uma ”paraty”, nos bares e botecos, quando se queria beber uma pinga ou cachaça, fosse ela fabricada aqui ou não.

A História da Pinga em Paraty.
A história de Paraty pode ser contada através de seus ciclos econômicos. São eles: o ciclo de povoamento do interior do país, o ciclo da cana-de-açúcar, o ciclo do ouro, o do café e o ciclo do turismo. Mas o movimento do porto e a produção de aguardente, são constantes desde o Século XVII até o final do XIX. Da pujança de seus engenhos fez-se a história e o progresso desta cidade e de sua gente.
O Reconhecimento da Qualidade da Pinga de Paraty.
Tão boa era a qualidade da pinga aqui produzida que o Ouvidor Geral, José Antonio Valente, nas Providências Administrativas, de 1805, informa:
”Na agoa ardente tem progresso, e sobre tudo na feitoria que lhe assegura de augmento sete mil réis em pipa sobre as demais. Os chímicos talvez descubram, examinando o causal da melhoria, se do terreno, das agoas ou das lenhas ela provém. Deve regular a duas mil e seiscentas pipas por afino, e faz este artigo, 151.200$ . Esta resulta de produção calculada”.
Isto corresponde aproximadamente a 1.232.000 litros! A qualidade da pinga paratiense era tanta que não a usavam para ser trocada por escravos na África, mas sim exportada para Portugal e de lá reexportada para a França e o resto da Europa.
A Pinga Medalha de Ouro.
Em 1908, na Exposição Industrial e Comercial do Rio de Janeiro, a cidade recebeu a Medalha de Ouro com a Pinga Azuladinha, a famosa ”azulada do Peroca”.
Paraty Contada em Versos e Prosas.
E a fama de Paraty é tanta, que é cantada em verso e prosa. Bem conhecido é o samba Camisa Listrada, de Assis Valente, composto em 1937 e imortalizado na voz de Carmem Miranda:
”Vestiu uma camisa listada
e saiu por aí.
Em vez de tomar chá com torrada
Ele bebeu Paraty".
Menos conhecida, porém muito significativo é o texto que o Teatrólogo Dias Gomes diz, através de um dos personagens da peça O Pagador de Promessas:
”Bom dia, Galego amigo!
Dia assim eu nunca vi, Para saudar Iansã,
Não repare eu lhe pedi: Me empreste por obséquio dois dedos de parati. ”
Célebre é a trova que diz:
”Farinha de Suruí,
Fumo de Baependí
E cachaça de Paraty:
E só comê, pitá, bebê e caí.”
Da nobreza e qualidade de nossa pinga bem atestam as relações de compras do palácio imperial de São Cristóvão, nas quais sempre constavam muitos litros de paraty.

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