O resultado da plenária do PV, neste domingo, em São Paulo, seguiu o roteiro pré-definido. Combinada antes entre dirigentes e integrantes do partido, a neutralidade prevaleceu – sem o apoio a nenhum candidato e liberando os filiados a se posicionar sem usar a imagem da legenda. Apesar das divergências nos bastidores, o PV tomou a decisão de olho nas eleições de 2014, quando deve voltar a lançar Marina Silva à Presidência. Decidir por um dos dois lados poderia minar a imagem de independência – como se fosse uma “terceira via” – que Marina procurou construir.
Os diretórios do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais, dos quais fazem parte as principais lideranças verdes, têm uma aproximação histórica com o PSDB. Um grupo menor, que inclui representantes vindos do PT junto com Marina, ainda guarda fortes laços com o petismo.
Um dos critérios para a decisão do PV foram cartas enviadas pelas campanhas de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) em resposta a compromissos propostos por Marina na semana passada. A forma como o texto da campanha tucana foi divulgado pela assessoria do candidato (primeiro para a imprensa e, horas depois, para os dirigentes verdes) irritou os verdes e pesou contra Serra.
Na plenária, mesmo quem tinha a posição anterior declarada a favor de uma candidatura defendeu a neutralidade. Foi o caso do deputado federal Fernando Gabeira, que já manifestou apoio a Serra, e Zequinha Sarney, publicamente favorável a Dilma. O Movimento Marina Silva, defensor do voto nulo, e a presidente da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, Valnice Milhomens, que representa um grupo majoritariamente pró-Serra, também optaram pela neutralidade.
Antes da votação, Marina leu uma carta que será enviada a Dilma e Serra, declarando a neutralidade. “Quem oferece ao povo um destino não está se colocando no lugar de liderança, mas de um messias”, afirmou a ex-presidenciável. No longo texto, ela defendeu que a independência seria a “melhor forma de contribuir com o povo brasileiro”.
Marina, assim como os dirigentes do partido, rejeitam a ideia de que se abstiveram de tomar uma posição. O fato de não terem optado por um alinhamento não significa, segundo eles, que estejam alheios aos rumos da campanha. “Mantemo-nos na posição de mediadores”, disse a candidata.
A votação dos 92 filiados presentes foi feita rapidamente após a fala de Marina. Somente quatro pessoas – Eduardo Jorge e Marcos Belizário, que foram secretários do governo de Serra em São Paulo, a presidente do PV no Espírito Santo, Sidnéia Fontana, e outro filiado não identificado – votaram pelo apoio a uma candidatura, sem dizer qual das duas. O voto quase unânime, no entanto, já havia sido combinado em reuniões anteriores da executiva nacional.
Barreira - Ao lavar as mãos, a legenda libera a posição dos filiados, mas impede seus principais dirigentes de manifestar uma opinião. No regimento interno do partido, há uma regra que barra os presidentes nacional e dos diretórios estaduais de declararem voto nestas circunstâncias. Marina Silva, apesar de não fazer parte desse grupo, já adiantou que leva o segredo sobre sua preferência para a urna. “O voto é secreto e, para manter minha independência no processo político, vou reservar esse direito de eleitora que eu tenho”.
(Adriana Caitano, de São Paulo)
fonte: http://veja.abril.com.br/blog/eleicoes/veja-acompanha-eleicoes-2010/pv-opta-por-neutralidade-e-releva-divergencias-de-olho-em-2014/
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